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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Sérgio de Carvalho lança Noites Alienígenas na 2ª Bienal neste sábado


Por André Gonzaga

O documentarista e escritor Sérgio de Carvalho lançará o seu livro “Noites Alienígenas”, pela editora Pindaíba, na 2ª Bienal da Floresta do Livro e da Leitura neste sábado, 22, às 20h, no estande de Autores Independentes. A obra foi financiada pelo Prêmio Garibaldi Brasil 2010, na categoria romance. A capa é da fotógrafa Talita Oliveira, com produção de Bruna Guedes, e a arte gráfica e design foram criadas pelo publicitário Janu Schwab.

Foto: Talita de Oliveira


O enredo mostra três noites distintas em que as personagens principais se envolvem com a violência urbana e ainda uma série de problemas, como a dependência química, o preconceito religioso e sexual. “Eu acho que é um assunto que deve estar em pauta com urgência, discutido sem moralismo, com toda complexidade que o tema pede”, explica o autor.

O romance ganha uma nova dimensão na hora da leitura porque rompe os padrões tradicionais, escrito com base na experiência do autor com a linguagem do cinema. Nada proposital, mas o historiador Marcus Vinícius comenta (em tom de brincadeira) que, na verdade, a obra é uma grande mentira.

“Eu simplesmente não conseguia parar de ler e chegou em um certo ponto que eu não conseguia mais ver como um livro. Para mim era um filme. Ele conseguiu de alguma maneira misteriosa, que eu queria muito aprender, fazer um livro em forma de filme. Vale muito a pena ler!”, comenta.

O leitor vai encontrar referências de personalidades bem conhecidas no Estado, como os jornalistas Toinho Alves e Lenilda Cavalcante. Outras não chegam a ser identificadas pelo nome ou até ganham uma “nova identidade”, mas é só prestar atenção nas entrelinhas para descobrir quem é quem. Uma espécie de homenagem.

Três dias e três noites na periferia de Rio Branco e um mundo de drogas e alucinações onde personagens se cruzam e juntos criam uma história de outro mundo.

A obra
Durante três dias pela periferia de Rio Branco, o leitor de “Noites Alienígenas” mergulha onde as casas simples escondem um cotidiano intrincado, em que cada decisão e cada palavra têm o poder de decidir a vida ou a morte, com uma pitada de realismo fantástico. Complexos, os personagens fogem tanto do arquétipo de herói quanto do estereótipo de vítimas. Eles são pessoas de carne e osso, enredados na trama obscura do sedutor e perigoso universo da dependência química.

A narrativa seca, aos poucos, revela os meandros desse labirinto. Família e sociedade estão envolvidas na jornada quase sempre desastrosa dos jovens personagens. Evitar o final trágico exige a coragem de não lavar as mãos, por mais distante que o problema possa, enganosamente, parecer. Tudo isso em pessoas que, por serem usuárias de drogas, tornam-se marginalizadas pela sociedade como se fossem alienígenas.

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