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segunda-feira, 12 de março de 2012

Superação através da arte, esporte e lazer


Prefeitura de Rio Branco, através da FGB, coordenou ações de lazer saudável e educativo às vítimas do alagamento de 2012

A cidade de Rio Branco passou por um dos momentos mais difíceis de sua história: a enchente de 2012. Foram mais de 100 mil pessoas atingidas, sendo que mais de seis mil foram amparadas pelos abrigos montados pela Prefeitura de Rio Branco e Governo do Acre. Neste período, voluntários e as instituições governamentais das esferas municipal, estadual e federal se uniram para diminuir o sofrimento das famílias desabrigadas.

A Fundação Municipal de Cultura Garibaldi Brasil (FGB) foi uma destas instituições cujos profissionais foram empregados na tarefa de auxiliar as vítimas, principalmente no que se refere a levar cultura, esporte e lazer. Com o Programa de Esporte e Lazer da Cidade (PELC) atuando todos os dias, a FGB ofertou atividades recreativas, brincadeiras tradicionais e educativas, sessões de cinema, torneios de futebol, danças, ginásticas, rodas de leitura, entre outras ações, de janeiro até março.

Os profissionais contratados para o PELC tiveram suas escalas de atendimento nos seus núcleos originais redefinidas, de modo que dessem apoio nos abrigos, porém, sem deixar de lado sua atuação deliberada na capacitação realizada em janeiro deste ano. Ao todo, foram utilizados 56 agentes do PELC, coordenados pelo professor Afrânio Moura, professora Maria Rita Gonçalves e professora Rejane Ribeiro, diretores da FGB.

Entre as dificuldades que a equipe encontrou para realizar as atividades, podem-se destacar questões climáticas como calor e chuvas, a falta de espaços adequados para desenvolver as atividades, falta de material suficiente para a grande demanda e a puxada jornada de trabalho. Porém, a superação dos agentes e voluntários pode proporcionar qualidade no desempenho destas atuações.

Tendo como parceiros a Fundação Elias Mansour (FEM), Centro de Multimeios, Secretaria Municipal de Educação e Secretaria Estadual de Educação e Esporte, SESC, ASACINE, Biblioteca Pública, Associação das Ligas e Federações Esportivas do Estado do Acre (ALFEAC), Curso de Educação Física da Uninorte, voluntários e igrejas, a FGB coordenou uma programação que visava educar e entreter as vítimas da alagação, em especial as crianças. “Com a situação crítica vivida por estas pessoas, era importante desenvolver atividades para o corpo e mente para manter a saúde e boas relações entre si”, afirma Afrânio Moura.

Com a vazante do Rio Acre e a normalização do cotidiano da cidade, as atividades realizadas pelo PELC voltam a ser proporcionadas apenas em seus núcleos.

Ajuda com afeto
Com o passar dos dias, a equipe de ajudantes e as crianças criaram vínculos afetivos. A convivência criou uma relação de intimidade que podia ser conferida em exemplos marcantes como quando as meninas e meninos pediam filmes para sessão de cinema, ou pediam para rodar a corda para pular, ou quando se liam uma bela história infantil juntos, ou quando aprendiam uma nova jogada no jogo de damas. Alegria desta hora é tão importante quanto o abrigo, a comida e as demais ajudas.

Centros Culturais foram atingidos pela alagação
Alguns espaços coordenados pela FGB foram atingidos pela enchente deste ano. O Centro Cultural Lydia Hammes, localizado no bairro Aeroporto Velho, e o Parque Capitão Ciríaco, que fica no bairro Seis de Agosto, tiveram suas atividades suspensas em virtude da invasão das águas, o que impossibilitou a realização de suas ações rotineiras.

No Parque Capitão Ciríaco, as águas cobriram o trapiche de sua entrada principal. A água chegou à altura da cobertura das namoradeiras dispostas na ponte de acesso. O fornecimento de energia, assim como em todo bairro Seis de Agosto, foi cortado por motivo de segurança. Com a impossibilidade de trabalhar no Parque, a sede administrativa da FGB foi transferida provisoriamente para o Centro Cultural Thaumaturgo Filho, localizado no bairro Manoel Julião, cuja coordenação também é da instituição.

A situação também foi grave no Centro Cultura Lydia Hammes, onde as águas invadiram todo seu espaço. Os equipamentos disponíveis no Centro foram retirados a tempo de não serem danificados. Porém, a estrutura do local passará por vistoria pelo Corpo de Bombeiros para avaliar as condições de segurança.

Voltando às atividades normais
Os trabalhadores da SEMSUR estiveram no Parque Capitão Ciríaco para limpar o local. Após muito trabalho e muitos entulhos recolhidos, as atividades voltaram ao funcionamento normal. No caso do Lydia Hammes, além dos próprios funcionários, a limpeza do prédio foi realizada em parceria com a Liga das Quadrilhas Juninas e a SEMSUR. Os dois centros culturais retomaram suas programações habituais desde o dia 8 de março.

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