por André Gonzaga
Que tal conhecer a produção cinematográfica de outras partes do mundo? Uma sugestão é começar com A Margem da Cidade (From the Edge of the City) do diretor e roteirista grego Constantine Giannaris. Quem faz o convite é o Cineclube Cocar, que trabalha com a divulgação de filmes que, normalmente, não chegam até as salas de cinema do Brasil. A exibição será neste domingo, dia 21, no Cine Teatro Recreio, às 19 horas, e a entrada é gratuita.
O cenário é um subúrbio pobre e marginalizado na cidade de Atenas. Gregos que vivem nos limites do Mar Negro, chamados de pontios, retornam da Rússia e encontram um país que não os aceitam mais. Principalmente os filhos adolescentes que regressam com os pais e que falam uma língua diferente, o grego-russo. A falta de identidade desses jovens com a nova realidade os leva a delinqüência e também ao ponto principal do roteiro que mostra a vida de pequenos crimes e prostituição, a relação de camaradagem entre eles, ambigüidade sexual e moral e a exploração criminosa que é sustentada pela própria elite.
“A Margem da Cidade é uma produção que nos leva a refletir sobre o mundo onde as minorias são desrespeitadas e a marginalidade torna-se um meio de vida e de descobertas. Com a exibição dos filmes é possível dialogar sobre realidades culturais tão diversas, ricas em variedades temáticas e criativas, e que apresentam questões do ser gente, questões existenciais”, comenta Sérgio de Carvalho, membro do cineclube.
Cineclube Cocar
Uma das características em comum dos cineclubes é o incentivo a formação de público, já que oferecem filmes sem custo nenhum ao espectador, geralmente com propostas de linguagem inovadoras. Assuntos que são considerados tabus devem ser lembrados e discutidos. De acordo com os organizadores, nada deve ficar debaixo do tapete. Esse raciocínio também fez com que o Cocar se propusesse a enfrentar uma missão difícil: a desassociação da imagem de que o cinema LGBT é sinônimo de pornografia e, por isso, cenas do cotidiano gay deveriam ser proibidas para menores de idade.
“Até agora o público aceitou essa proposta da melhor maneira possível. A maioria das pessoas que vão assistir aos filmes nem são homossexuais. Elas se mostram bastante interessadas e abertas para conhecer mais um pouco desse mundo que, hoje em dia, não é mais assim tão distante delas”, argumenta Moisés Alencastro.
O Cocar ainda dialoga com o Movimento Cineclubista (que cada vez ganha mais espaço na cidade), ultrapassa o interesse meramente temático e amplia o acervo dos realizadores e cinéfilos com obras que são referência do que há de mais contemporâneo no mercado. “Esperamos contribuir com o rompimento de preconceitos e revelar com naturalidade esse universo, porque precisamos mudar a visão deturpada e os clichês que são relacionados aos homossexuais. Então nada melhor do que conhecer os sonhos, dramas e fantasias dessas pessoas com a ajuda desse instrumento fantástico”, finaliza Carlos Gomes, membro do cineclube.
O cenário é um subúrbio pobre e marginalizado na cidade de Atenas. Gregos que vivem nos limites do Mar Negro, chamados de pontios, retornam da Rússia e encontram um país que não os aceitam mais. Principalmente os filhos adolescentes que regressam com os pais e que falam uma língua diferente, o grego-russo. A falta de identidade desses jovens com a nova realidade os leva a delinqüência e também ao ponto principal do roteiro que mostra a vida de pequenos crimes e prostituição, a relação de camaradagem entre eles, ambigüidade sexual e moral e a exploração criminosa que é sustentada pela própria elite.
“A Margem da Cidade é uma produção que nos leva a refletir sobre o mundo onde as minorias são desrespeitadas e a marginalidade torna-se um meio de vida e de descobertas. Com a exibição dos filmes é possível dialogar sobre realidades culturais tão diversas, ricas em variedades temáticas e criativas, e que apresentam questões do ser gente, questões existenciais”, comenta Sérgio de Carvalho, membro do cineclube.
Cineclube Cocar
Uma das características em comum dos cineclubes é o incentivo a formação de público, já que oferecem filmes sem custo nenhum ao espectador, geralmente com propostas de linguagem inovadoras. Assuntos que são considerados tabus devem ser lembrados e discutidos. De acordo com os organizadores, nada deve ficar debaixo do tapete. Esse raciocínio também fez com que o Cocar se propusesse a enfrentar uma missão difícil: a desassociação da imagem de que o cinema LGBT é sinônimo de pornografia e, por isso, cenas do cotidiano gay deveriam ser proibidas para menores de idade.
“Até agora o público aceitou essa proposta da melhor maneira possível. A maioria das pessoas que vão assistir aos filmes nem são homossexuais. Elas se mostram bastante interessadas e abertas para conhecer mais um pouco desse mundo que, hoje em dia, não é mais assim tão distante delas”, argumenta Moisés Alencastro.
O Cocar ainda dialoga com o Movimento Cineclubista (que cada vez ganha mais espaço na cidade), ultrapassa o interesse meramente temático e amplia o acervo dos realizadores e cinéfilos com obras que são referência do que há de mais contemporâneo no mercado. “Esperamos contribuir com o rompimento de preconceitos e revelar com naturalidade esse universo, porque precisamos mudar a visão deturpada e os clichês que são relacionados aos homossexuais. Então nada melhor do que conhecer os sonhos, dramas e fantasias dessas pessoas com a ajuda desse instrumento fantástico”, finaliza Carlos Gomes, membro do cineclube.
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