De 25 de fevereiro a 02 de março,
acontece em Rio Branco a décima edição do Festival de Cinema Acreano que
comemora 40 anos de produção, formação, circulação e veiculação. Durante a semana, será realizada uma mostra de
filmes produzidos em diversos espaços da capital e demais municípios do Acre, que marcam parte da história acreana.
Na noite de segunda-feira (25), a
mostra de abertura homenageará figuras importantes para o Festival de Cinema
Acreano: Wilde Viana, Jorge Viana, Tião Viana, Binho Marques, Elaise Meira e
outros que sempre apoiaram o segmento de audiovisual. Também será feito homenagem
póstuma a Raimundo Hermínio de Melo e Sebastião Agassis Lustosa. O evento se
realizará na Biblioteca da Floresta de segunda a sábado (03/02).
Na década de 70, o movimento de
cinema acreano ganhou força com a criação do Estúdio Cinematográfico Amador de
Jovens Acreanos – Ecaja, reconhecido como entidade pública em 1988, e anos depois transformado em associação. “Começamos
num grupo pequeno de oito a dez pessoas e chegamos a ter mais de 60 integrantes.
Produzimos o 1° Festival de Cinema Acreano em película super 8”, disse
Adalberto Queiroz, presidente da Associação Acreana de Cinema (Asacine) e
técnico da Fundação Elias Mansur.
Segundo ele, o
intuito era estimular os jovens de Rio Branco a fazerem cinema livre, sem limitar-se
a grupos. E o resultado deste processo em 1979, foi o surgimento de doze novos
produtores, entre eles Arnóbio Marques (ex-governador do Acre) e Silvio
Margarido, vencedores do primeiro festival, com o filme de animação chamado
‘Xadrez’. Juntos os articuladores batalharam pela criação da Associação Acreana
de Cinema (ASACINE).
Queiroz começou a fazer cinema
pouco antes de completar 20 anos de idade. Na época, além de ser
apaixonado pela sétima arte, exercia a função de ator e caricaturista. Com
muita determinação, ele e os amigos Teixeirinha e Toni Ivan saíram da plateia
para trás das câmeras em busca de ação. “A gente assistia filme no cine Rio
Branco, Cine Recreio e tinha vontade de fazer parte daquilo. E através do livro
‘Jovens Cineastas’, achado na biblioteca da UFAC, Teixeirinha do Acre descobriu
que qualquer jovem podia fazer cinema. E a partir dessa leitura, começamos a
nos articular com as comunidades. A maioria era da igreja católica, comunidade
de São Sebastião, Santa Inês e outras”, contou.
Hoje, Queiroz tem 60 anos e já produziu,
dirigiu tantos filmes que perdeu as contas. Mesmo sem ter ciência exata de
todo seu acervo, disse que o filme que marcou sua vida foi ‘Revolução Acreana’,
vencedor do Festival de Cinema de Varginha – MG, também exibido em diversas escolas
públicas de Rio Branco, municípios vizinhos.
A programação de comemoração aos
40 anos de cinema no Acre segue durante todo ano (2013) com mostras de vídeos
realizados no Segundo Distrito de Rio Branco, e mostras autorais dos
realizadores que produziram mais de quatro obras, sendo: João Batista, Adalberto
Queiroz, Tonivan, Silvio Margarido, Sérgio Carvalho, Ney Ricardo, Guilherme
Francisco, Sérgio Carvalho, Laurencio Lopes, Gilberto Farias, Ítalo Rocha,
Karina Corderio e Ducinea Melo. A ideia da ASACINE é homenagear cada cineasta,
lançando os vídeos no período de seus aniversários.
O evento é realizado pela Asacine, em parceria com a Fundação Elias Mansuor e apoio da Fundação Municipal de Cultura Garibaldi Brasil.
O evento é realizado pela Asacine, em parceria com a Fundação Elias Mansuor e apoio da Fundação Municipal de Cultura Garibaldi Brasil.
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