Ou: Que outro é esse?
Esse outro que incomoda, que atrapalha, que perturba. Esse outro que dificulta o nosso avanço, desanda nossas idéias e prolonga as reuniões. Esse outro ausente que se apresenta o tempo todo e que tem rosto, nome e corpo quase impossíveis de se identificar ou descrever.
Esse outro que incomoda, que atrapalha, que perturba. Esse outro que dificulta o nosso avanço, desanda nossas idéias e prolonga as reuniões. Esse outro ausente que se apresenta o tempo todo e que tem rosto, nome e corpo quase impossíveis de se identificar ou descrever.
Este outro que está aqui e acolá, exigindo reconhecimento – com todo o direito e força para isso. Mas afinal, que outro é esse? Que não é explícito, nem definido e delimitado e nem um outro qualquer?
A Fundação Garibaldi Brasil discute junto ao Departamento de Tecnologia e Informática – DTI da Prefeitura de Rio Branco as questões técnicas e práticas do Cadastro Cultural. Durante a Conferência de Cultura, decidimos com a sociedade civil, as finalidades desse instrumento, como estará organizado, quem pode e deve se cadastrar, etc.
Agora, é preciso definir pontos como o formato da ficha de cadastramento, campos de preenchimento obrigatório e as opções que devem ser oferecidas para que os futuros cadastrados possam se identificar.
E então, a gente assume o desafio de estabelecer previamente as classificações que contemplem todas as variáveis possíveis dos fazeres culturais. Afinal, é preciso captar as todas as possibilidades... Bom, ao menos é essa a intenção. O cuidado é para não ficarmos restritos a um número limitado de opções.
É claro que teremos campos pré-definidos, mas, ao mesmo tempo, é preciso deixar espaços abertos para o novo, para o que ainda não conhecemos, para o que ainda não está fortemente ou claramente conhecido e popularizado nos cadastros, nas áreas e nas definições de cultura.
E então a gente se pergunta: como as pessoas vão se identificar? Que auto-classificações usarão? Onde você se enxerga? Entre as várias opções com categorias, estilos e modalidades, temos a opção “Outro”, representando um espaço ainda em branco, um espaço aberto.
Esse itenzinho “Outro” ou “Outros” pode nos apresentar também um indício de descontrole. Mas, que controle é esse que queremos ter? A gente quer apresentar e visualizar a nossa realidade cultural. Mesmo que para isso, sejam necessárias determinações e indeterminações, pois a cultura não mora só aqui, ela também mora ao lado, também está nos meios e nos entornos.
E uma prévia do trabalho de cadastramento já está sendo feita desde os Fóruns Preparatórios para a Conferência de Cultura, com um pré-cadastro que continua sendo preenchido agora, no ato da apresentação de projetos à Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Edital 2008, ou durante as reuniões das Câmaras Temáticas.
Aliás, você já apresentou o seu projeto? Além disso, você está acompanhando as discussões para as políticas públicas para a sua área de atuação? Informe-se e participe da implantação do Sistema Municipal de Cultura em Rio Branco!
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