Podemos não ser mais crianças a ponto de saber tudo. Mas somos artistas, esportistas, contadores de história. Entender tudo nem é tão importante quando se é capaz de sentir e respeitar. Eu sei – não com muita certeza - que essa é a penúltima edição da coluna deste ano. A última deve ser na próxima semana, pois na sexta-feira seguinte, provavelmente não haverá jornal, já que será um dia após o feriado de Natal (tá, não era pra ter rimado... mas, acontece).
Fui verificar isso pra saber quando deveria preparar uma edição de “despedida” ou de “retrospectiva”. E talvez se tivesse pensando nisso antes, poderia ter planejado uma série de artigos para o clima de final de ano. Mas aí entra a questão do respeito: uma vez que cada um tem o seu próprio tempo, quem vai ficar em desacordo? Despedir-se e/ou fazer uma retrospectiva significa relembrar, que significa reviver, que significa se alegrar ou se entristecer novamente.
E isso nem é tão fácil quanto parece. É preciso jeito, habilidade, técnica. E vou cuidar para não cair em clichês (pensa que é fácil, caro leitor que eu nem imagino quem seja, evitar que passe pela sua cabeça o pensamento que diz: “eu acho que já li isso antes”? Isso é trágico, amargo, torturoso para qualquer escritor).
E pensando nisso, a melhor forma de não cair em clichês é deixar a série de artigos de 2008 sem finalização, sem despedida, sem retrospectiva ou até mesmo sem ponto final. Na verdade, esse pode ser o maior chavão de todos. Além disso, não me sinto no “tempo” para isso. E pra falar a verdade, há muita coisa pra ser finalizada (nossos conselheiros que o digam: revisão da Lei de Incentivo, reestruturação da FGB, Sistema Municipal de Esportes), não é? Bem, é só pra lembrar, assim, despretensiosamente e sem compromisso.
Por outro lado, “é cedo ou tarde demais pra dizer adeus, pra dizer jamais...” e deixo as “últimas” linhas dessa história para serem escritas por quem tanto lê e nem sequer dá as caras. Na 52º edição da Coluna Cultura RB, o convite para a colaboração dos leitores torna-se uma provocação, um desafio lançado.
A idéia é uma reflexão no sentindo de: “E agora, José?”. Passaram-se as Oficinas de construção para o Plano Municipal de Cultura; passaram-se os editais do Fundo Municipal de Cultura; passou mais um ano, passou isso, passou aquilo... E agora, José, pra onde vai essa marcha?
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