Relatório de Gestão CMPC e Fale Conosco

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Inclusão digital para a zona rural de Rio Branco

Fundação Garibaldi Brasil conclui a primeira turma de informática para moradores da zona rural



Acompanhar e saber lidar com as novas tecnologias de informática é fundamental para quem não pretende ficar para trás. Pessoas que moram na zona rural não são diferentes e também precisam de conhecimento sobre computadores, internet etc., tanto para o trabalho quanto para o próprio lazer. Na última segunda-feira (24), aconteceu a confraternização do término do curso de informática para alunos da zona rural de Rio Branco.

O curso partiu de uma iniciativa da Fundação Garibaldi Brasil e foi realizado no Parque Capitão Ciríaco, na sala de inclusão digital. Durante 10 semanas, toda segunda e quinta-feira, o curso teve a carga horária de 40 horas. “O curso foi realizado baseado na demanda apontada pela própria comunidade. Nós da Fundação Garibaldi Brasil mediamos o acesso ao curso para os moradores rurais interessados.”, explica Léucia Maria Monteiro de Almeida, técnica em Patrimônio Cultural da FGB.

A turma teve 10 alunos e todos que começaram, conseguiram seguir até a conclusão do curso. Os alunos aprenderam sobre os módulos de introdução de informática, sistema operacional, edição e formatação de textos, e internet. A faixa etária dos participantes do curso foi variada. “Estudar nesse curso foi muito bom, tendo em vista que após ter 47 anos de idade, ter acesso a um computador e à internet é maravilhoso. Eu me sinto muito gratificado em ter concluído o curso. Não há idade ruim para se aprender algo novo.”, afirma Evaristo de Souza, de 47 anos, morador do Benfica.



Distância, dificuldade de locomoção e lama nos ramais durante o período de chuvas estão entre os principais empecilhos enfrentados pelos alunos. Alguns estudantes tinham que encarar até seis horas de barco para comparecer às aulas. Porém, esses obstáculos não foram suficientes para superar a vontade de aprender. Esse é o caso da dona Maria do Carmo Araújo, de 45 anos, moradora do Seringal Bagaço. “Enfrentei 6 horas de barco sempre que vinha para a cidade para ter as aulas. Foi difícil. Muitas vezes, eu chegava atrasada por conta das chuvas, principalmente no inverno, mas apesar das dificuldades, consegui concluir. Antes do curso era difícil imaginar que o uso do computador, que só víamos através da TV, seria possível para nós. Graças a Deus tivemos essa oportunidade.”

Disseminar esses conhecimentos através das comunidades rurais através desses alunos e de outros cursos que virão são as metas do curso. Os organizadores pretendem elaborar novas turmas e seguir ensinando outros módulos de informática com as turmas formadas. “Essa turma foi tratada com muito carinho. Sabíamos que essas pessoas sofridas e que não tinham a mesma oportunidade de alguém que mora na zona urbana, graças à distância. Acredito que o curso teve um bom aproveitamento e pretendemos estimular a criação de novos pontos de inclusão digital.”, conclui Geison de Araújo, coordenador da sala de inclusão digital do Parque Capitão Ciríaco e instrutor do curso de informática para moradores da zona rural.

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