Relatório de Gestão CMPC e Fale Conosco

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Fala que eu te escuto!

Quem diz? Quem ouve? O que entendemos?

A Oficina “Comunicação é Cultura” aconteceu nos dias 6 e 7 de novembro, no auditório da escola Campos Pereira, e foi ministrada pelas especialistas na área, Rachel Gadelha e Maria Amélia. Ao contrário do que o senso comum poderia imaginar, a participação marcante não foi a de conselheiros da Câmara Temática de Jornalismo. Estiveram presentes conselheiros dos mais diversos segmentos: turismo, música, artes visuais, teatro, culturas ayahuasqueiras, representantes de espaços de memórias, agentes esportivos etc. Isso nos mostra que um importante passo já foi dado: o reconhecimento de que discutir comunicação não é tarefa apenas dos jornalistas – embora seja deles também, e apesar de que eles ainda não se mostraram engajados como as outras áreas.


Nesta oficina fomos levados a fazer uma viagem junto à evolução da comunicação, que acontece de forma indissociável da evolução do homem. Falamos sobre o processo histórico da comunicação: o surgimento das fontes de energias, mudanças das formas de produção e organização das sociedades, avanços dos suportes técnicos e veículos de comunicação... Vimos assim, que ao se analisar um meio de comunicação, é preciso pensar na sua capacidade de fixação, no seu grau de reprodução e de distanciamento no tempo e espaço. Afinal, cada público tem a sua forma de melhor captar e fixar uma informação.


As expositoras falaram sobre a história da imprensa, o surgimento do rádio e da Tv. Incluindo aí, a questão das TV´s e Rádios Governamentais/Estatais, Públicas e Privadas. Qual é mesmo a diferença? O que temos em Rio Branco, no Acre, no Brasil? O debate é longo e polêmico, mas é necessário entender um pouco de cada uma. O sistema de televisão ou radiodifusão Governamental/Estatal é mantido com dinheiro público e há maior espaço para realização dos direitos dos cidadãos à informação de caráter institucional e, ao mesmo tempo, de cumprimento do dever do Estado em termos de comunicação institucional. Em poucas palavras, é uma espécie de instrumento para prestação de contas.

O Sistema Público é também mantida com dinheiro público, mas possibilita a concretização dos direitos à educação e à cultura, por intermédio das televisões educativas, e especialmente, no caso das televisões comunitárias, o exercício direto pelos cidadãos das liberdades de expressão e de comunicação social. Em outras palavras, o sistema público é o âmbito, por excelência, para a realização dos direitos sociais relacionados à educação e à cultura. Sua administração acontece através de conselhos e, em alguns casos, é cobrada uma taxa específica de cada cidadão para mantê-la. Já o Sistema Privado, como o nome diz, é administrado por uma empresa privada, arrecadando verbas por meio de publicidade e com maior autonomia e liberdade.

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