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terça-feira, 5 de agosto de 2008

Seminários apresentam estudo dos destinos indutores

Em Rio Branco o seminário acontece nos dias 4 e 5. A capital se destaca em vários segmentos analisados

Viviane Teixeira*

Oferecer instrumentos para elaboração de ações que tornem os 65 destinos indutores referenciais do mercado turístico brasileiro. Este é o objetivo do estudo de competitividade realizado pelo Ministério do Turismo (Mtur) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Os indicadores que evidenciam os avanços e as principais necessidades turísticas estão sendo apresentados durante seminários que acontecem nos 65 destinos. No Acre a cidade escolhida pelo Mtur como um dos destinos indutores do país foi Rio Branco.


Em janeiro deste ano técnicos da FGV estiveram na capital acreana para desenvolver o estudo que aponta o nível de competitividade de cada destino. Treze segmentos foram mapeados em 61 variáveis apontando um “raio X”, nas seguintes áreas: infra-estrutura, acesso, serviços e equipamentos turísticos, atrativos turísticos, marketing, políticas públicas, cooperação regional, monitoramento, economia local, capacidade empresarial, aspectos sociais, ambientais e culturais.

Durante os dias 4 e 5 de agosto técnicos da FGV e do Sebrae participam de um seminário em Rio Branco para apresentar os resultados aos atores que desenvolvem o turismo no Estado. O encontro é realizado na Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer.

De acordo com a coordenadora nacional do estudo, Ana Clévia, estes encontros visam orientar as políticas municipais e auxiliar o trabalho do governo federal. E também fornece dados para o cumprimento da meta estabelecida no Plano Nacional do Turismo, que prevê a estruturação dos destinos indutores com padrão de qualidade internacional até 2010.

A coordenadora acrescenta ainda que o estudo não foi realizado no sentido de classificar os destinos, mas sim para dotar os gestores elementos que possam contribuir para o desenvolvimento do turismo de cada lugar. “Com estes resultados Rio Branco poderá se avaliar e a partir daí desenvolver políticas publicas visando o crescimento da capacidade de gerar negócios com a atividade turística”, destacou Ana Clévia.

Dentre as dimensões avaliadas os pontos fortes apontados para Rio Branco são os aspectos ambientais, com 60.7 pontos, a média nacional é de 58.2, na área de políticas públicas, a capital acreana marcou 50.1 e a média do país é 50.3. O relatório aponta ainda os pontos fracos de Rio Branco, o marketing e o monitoramento foram os que obtiveram as menores pontuações no estudo de competitividade.

Para o secretário de Esporte, Turismo e Lazer, Cassiano Marques, os resultados apresentados são bastante satisfatórios e representam o esforço do trade turístico para promover o desenvolvimento do setor no Estado. “O turismo é uma das atividades econômicas mais viáveis para a região amazônica”, ressaltou Cassiano.

A proposta do Mtur é atualizar os indicadores anualmente. O Plano Municipal de Turismo de Rio Branco será elaborado a partir dos resultados obtidos com o estudo. Segundo presidente da Fundação Garibaldi Brasil, Marcos Vinicius Neves, o plano vem sendo discutido com vários setores da sociedade desde o ano passado, e contará também com parâmetros internacionais com o uso do diagnóstico. “O estudo aproxima a realidade para a elaboração de políticas públicas permanentes”, disse ele.

*Agência de Notícias do Acre

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