Qual é o seu plano?

Ou: a cultura em longo prazo

É importante discutir os editais do Fundo Municipal de Cultura; pensar na distribuição dos recursos; propor formas e critérios mais apropriados para avaliação de projetos. É importante realizar as reuniões e contar com a participação de conselheiros bem informados e envolvidos com a construção de políticas públicas culturais.

É importante protestar contra algumas pontuações; cuidar para não cometer nenhuma inconstitucionalidade ou voltar para as tantas ilhas já abandonadas, esquecendo e não explorando os territórios conquistados. É importante prezar pela não burocratização do acesso aos recursos públicos da cultura e pelo pensamento coletivo.

É importante olhar para o Sistema Municipal de Cultura como algo nosso e defender quem atua e está intensamente envolvido nas várias etapas da sua prática. É importante fazer uso do direito à voz e voto e auxiliar nas decisões do Conselho Municipal de Cultura.

Da Costa

Mas, mais que isso, é importante ter um plano. Qual o seu plano para a cultura de Rio Branco? Lembre que construir um Plano Municipal de Cultura para a capital acreana e lutar para que seja garantindo o respeito e o cumprimento do Sistema Municipal de Cultura é o dever primordial de todos os conselheiros.

Todo mundo sabe, todo mundo já disse e tudo mundo já ouviu que é impossível agradar a gregos e troianos. Mas, por que não, afinal? Podemos dizer que o Fundo Municipal de Cultura tem sido um significativo avanço palpável e que estamos colhendo os primeiros frutos. Que gostinho terão os das próximas colheitas?

Os Editais de Cultura têm a finalidade de regular e organizar o acesso aos recursos públicos. São documentos de grande seriedade, e que portanto exigem o envolvimento do maior número de pessoas na sua construção.

Não vamos esquecer que eles são resultados dos trabalhos de um Conselho de Cultura, uma organização co-gestora das políticas públicas culturais. E que estes trabalhos devem ser norteados de acordo com as demandas de desenvolvimento dos segmentos de Arte, Esporte e Patrimônio Cultural, que devem, acima de tudo, organizar suas demandas visualizando a cultura em longo prazo.

Monteirinho

Desagradem-se, descontentem-se, questionem-se. Também faz parte do processo. Um processo que, com tantos encontros e/ou desencontros, exige que um reconhecimento seja feito: “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia”. Basta continuar acreditando e participando, afinal, “tudo passa, tudo sempre passará”. Mas com um Plano construído é mais fácil fazer com que tudo fique.