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sexta-feira, 13 de junho de 2008

Atenção Cinéfilos!

Programa Cultural do Banco do Brasil exibe filmes inéditos em Rio Branco

Parte da comemoração dos 200 anos do Banco do Brasil, o CCBB Itinerante, em sua etapa de Rio Branco, exibe filmes de várias procedências, até o dia 21 de junho, no Teatro Plácido de Castro. Nenhum deles estreou em Rio Branco e a maioria tem prestígio internacional.

Quem puder acompanhar a maioria dos filmes, além de manter contato com os diferentes estilos de cinema no mundo, vivenciará uma viagem por alguns dos conflitos mais atuais da humanidade.

Por exemplo, o drama romântico homossexual Booble, de Eythan Fox, mostra as dificuldades enfrentadas por um romance “proibido”, reunindo um soldado israelense e um palestino em Tel Aviv (Israel).
Há dramas sobre exilados, memórias de guerra, denúncia contra crime ecológico, romance homossexual em meio a conflitos políticos e a formação de um grupo guerrilheiro, que, somados, oferecem um leque de questões contemporâneas no planeta.

Há da parte da curadoria um direcionamento da programação para as matérias primas mais vinculadas aos anos 2000 em cinemas de diferentes países e por cineastas com mais de uma nacionalidade.

Se a ênfase é em obras de diretores surgidos recentemente e revelados em festivais, há espaço na programação para o veterano inglês Ken Loach (Ventos da Liberdade), mostrando um momento importante da história dos conflitos entre irlandeses e ingleses.
Também há lugar reservado na programação para a primeira dama do cinema moderno francês, Agnes Varda, que, com Jacquot de Nantes, realizado no começo dos anos 90, faz sua declaração de amor pela memória do marido, o cineasta francês Jacques Demi.

Já entre os filmes de diretores revelados nos anos 2000, um dos desataques é Abouna, de Mahamat-Saleh Haroun, diretor do Chade, que, além de receber vários prêmios, foi selecionado para a Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes, uma das programações mais disputadas do mundo. Na pauta, uma família esfacelada, dois irmãos em fuga, memórias da origem, sonhos de reconstrução. Uma típica narrativa contemporânea de exílio.

Prêmio da Juventude em Cannes, Povoado Número Um, do diretor de origem argelina Rabah Aimeur-Zaiméche, também é centrado no drama de um imigrante, preso na França e deportado para a Argélia. Já o drama romântico homossexual Booble, de Eythan Fox, mostra as dificuldades enfrentadas por um romance “proibido”, reunindo um soldado israelense e um palestino em Tel Aviv (Israel).

As diferenças culturais entre indivíduos atraídos um pelo outro também é o cerne de Transylvânia, de Toni Gatliff, que, depois de filmar uma jornada da França para a África árabe em Exílios, muda o rumo da França para a Romênia nesse filme, acompanhando uma jovem empenhada em encontrar entre ciganos o pai de seu filho.

Uma mulher também é o centro de Você e Eu, da francesa Julie Lopez Curval, que mostra uma escritora de fotonovela dedicada a apimentar sua rotina por meio de suas histórias escritas. Se a idéia é narrar com a imaginação e com carisma, Helena Meireles – A Dama da Viola, de Chico de Paula, além de mostrar as habilidades musicais da autodidata violeira do pantanal, mostra seu talento para contar causos.

Detentor de importantes prêmios europeus, como o Goya de filme estrangeiro e o prêmio especial do Júri no Festival de Sam Sebastian, Iluminados pelo Fogo, do argentino Tristam Bauer, adere a noções de memória e de origem. A partir de um suicídio de um conhecido, um homem mergulha nas lembranças da guerra das Malvinas, território de disputa entre ingleses e argentinos.


Ganhador do prêmio francês Cesar de melhor filme estrangeiro, o drama político austríaco O Pesadelo de Darwin, de Hupert Sauper, trata dos danos ecológicos na Tanzânia. Quem pude acompanhar a maioria dos filmes, além de manter contato com os diferentes estilos de cinema no mundo, vivenciará uma viagem por alguns dos conflitos mais atuais da humanidade.

Confira a Programação:

TEATRO PLÁCIDO DE CASTRO

Dia 13 de junho, sexta-feira
17h - O Pesadelo de Darwin (102')
19h - Jacquot de Nantes (118')

Dia 14 de junho, sábado
15h - Abouna (84')
17h - Povoado Número Um (100)
19h - Transylvania (103')

Dia 15 de junho, domingo
15h - Bubble (114')
17h - Você e Eu (90')
19h - Ventos da Liberdade (127')

Dia 17 de junho, terça-feira
17h - Bubble (114')
19h – Jacquot de Nantes (118')

Dia 18 de junho, quarta-feira
17h - Você e Eu (90')
19h - Ventos da Liberdade (127')

Dia 19 de junho, quinta-feira
17h - Transylvania (103')
19h - Povoado Número Um (100)

Dia 20 de junho, sexta-feira
17h - Jacquot de Nantes (118')
19h - O Pesadelo de Darwin (102')

Dia 21 de junho, sábado
15h – Jacquot de Nantes (118')
17h - Helena Meirelles - A Dama da Viola (75')
19h - Iluminados pelo Fogo (100')

Dia 22 de junho, domingo
15h - Helena Meirelles - A Dama da Viola (75')
17h - Abouna (84')
19h - Bubble (114')

THEATRO HÉLIO MELO

Dia 17 de junho, terça-feira
10h – Transylvania (103')

Dia 18 de junho, quarta-feira
10h – Iluminados pelo Fogo (100')
14h – Helena Meirelles – A Dama da Viola (75')
15h30 – Você e Eu (90')

Dia 19 de junho, quinta-feira
10h – O Pesadelo de Darwin (102')
14h – Abouna (84')
15h30 – Povoado Número Um (100)

Dia 20 de junho, sexta-feira
14h – Ventos da Liberdade (127')
16h30 – Você e Eu (90')
19h – Helena Meirelles – A Dama da Viola (75')

Dia 21 de junho, sábado
14h – Jacquot de Nantes (118')
16h30 – Transylvania (103')
19h – Bubble (114')

Um comentário:

Janu Schwab disse...

Vocês da FGB estão todos de parabéns. Há uma movimentação cultural bem ativa em Rio Branco hoje em dia. Precisamos só melhorar na divulgação, na publicidade/propaganda do negócio cultural. ;-)