Relatório de Gestão CMPC e Fale Conosco

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Cultura, Patrimônio Histórico, Aponderamento Popular e Educação em Quatro Tópicos

*Isaac Ronaltti

Estas linhas tratam especificamente do Setor de Patrimônio Cultural, em especial, os Espaços de Memória. No entanto, acho que os limites desta conversa atravessam as entranhas de todo o Sistema Municipal de Cultura. É portanto, conversa de interesse dos três setores deste sistema - artes, patrimônio cultural e esportes -, principalmente, se entendermos o conceito de cultura como toda a produção humana, todo legado e tudo que se pode legar.

Estes devaneios surgiram de inquietações brotadas no âmago do amigo que vos escreve, durante a última oficina tratando a respeito dos museus e espaços de memória, realizada pelo pessoal maravilhoso lá do Museu da Borracha, através de uma articulação entre a Fundação Elias Mansour e o DEMU - aproveito a oportunidade para parabenizar a Ana Carla, e, a Ana Carla tome para si à responsabilidade de parabenizar em meu nome toda a equipe do Museu da Borracha, que muito se esforçou, desde o início do ano para realizar estas oficinas.

A oficina foi ministrada pela fantástica Rita de Cássia, uma bahiana muito porreta, possuidora de uma energia e humildade maravilhosa. Enquanto a oficina acontecia, a Ana Jasmina - que é outro amor de pessoa - ficava me cutucando, puxando conversa e patati patatá, eu acabava por ser envolvido pela conversa dela, até por se tratar de comentários riquíssimos de uma pessoa que já vivia a Cultura em Rio Branco, antes mesmo de largar minhas brincadeiras de criança, lá nas ruas de Cruzeiro do Sul e nos rios do Juruá, enfim, conversa vai... Conversa vem... Acabei por ficar como o conversador.

A oficina terminou com a apresentação do filme “Ó PAI, Ó” onde Rita de Cássia é uma das personagens principais - o filme é maravilhoso, forte, permeia temáticas como diferenças religiosas, a aceitação do “outro”, cultura popular, misticismo, religiões afro, violência, juventude, drogas, um bojo de informações riquíssimas, mas também não vou contar o filme, fica a dica aí para o pessoal de um filme nacional de ótima qualidade, e de muito conteúdo.

De todas essas sensações brotaram estas linhas, as quais prefiro tratar com os amigos como conversa de bar, despretensiosa, ás vezes boba, mas deixo aí o fio da meada para o debate, para conversa e para futuras cervejadas - até porque, como certa vez escreveu o saudoso Zé Leite, “a besteira é universal e no Acre tem glorioso reinado”. (risos)

Dividi o texto em quatro momentos, intitulados: “O fogo sagrado”, “O leviatã na nossa mesa”, “Utopia realizadora” e “Cultura Popular a partir de uma ótica thoreauniana - o agir da comunidade como desobediência civil” - de maneira geral, os quatro momentos tratam de questões interessantes que observei no corpo do Sistema de Cultura Municipal, hora em implantação, a partir do ponto de vista de um integrante dos Espaços de Memória, enfim, do Patrimônio Cultural como um todo.

*Cadastrado em Patrimônio Cultural

Confira a primeira parte do texto no post logo abaixo:

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