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domingo, 11 de maio de 2008

Arte de contar histórias

FGB e Sesc investem no incentivo à leitura

“Uma noite fria e de céu estrelado; homens, mulheres e crianças sentados ao redor de uma fogueira, ouvindo e contando histórias. O mistério é das chamas, dos olhares cúmplices de quem divide um segredo, construindo laços de cultura e arte. O mistério é das palavras, dos seus símbolos e significados, fazendo reflexões sobre o mundo, sobre os outros e sobre nós mesmos”.
(Tânia Oliveira)


É no clima deste relato que acontece o “Fogueira de Leitura”, um novo projeto fruto da parceria entre da Fundação Garibaldi Brasil e Sesc para promover o incentivo à leitura. O projeto consiste na realização de encontros entre os amantes da literatura, todas as segundas-feiras, às 16horas, na sala de vídeo do Sesc – Centro.

“Reunir um grupo de pessoas para contar e ouvir histórias é voltar para o nosso lugar junto à fogueira, reencontrar raízes perdidas na velocidade de um mundo cheio de imagens vazias e descartáveis, onde não existem nem fogueiras, nem céu, nem histórias”, explica Tânia Oliveira, coordenadora do Programa de Leitura da FGB.

O primeiro encontro aconteceu durante a programação do livro infantil, e agora ganha continuidade. A intenção é promover um intercâmbio descontraído entre leitores e contadores de história, configurando-se pela troca de experiência, valorização dos contadores e incentivo para as discussões sobre as políticas públicas para o segmento.

No próximo encontro (12), haverá um convidado especial: A atriz e contadora de história Karla Martins vai falar sobre suas experiências e impressões sobre essa arte. “Também levaremos professores, psiquiatras, filósofos, músicos e todos os interessados em contar uma história ou falar sobre o assunto”, diz Tânia.

Ela descreve casos de crianças e adultos que revelam grande satisfação em ter a chance de discutir sobre um livro que lê. “Muitas vezes os leitores não têm com quem falar sobre o que leu. No “Fogueira de Leitura”, essa oportunidade acontece”, afirma.

“Contar é reviver”

A estratégia utilizada para atrair participantes é apresentar algo novo a cada reunião, numa programação desenvolvida em conjunto entre as instituições que investem no segmento incentivando sua prática, estudo e pesquisa.

Derivaldo Albuquerque (Sesc) e Tânia Oliveira (FGB)

“A nossa história é baseada na história oral, na narrativa. É uma prática estabelece uma relação afetiva de sentar, contar e ouvir histórias olhando no olho, sentindo o calor humano que se perdeu por causa da internet. A prática da contação é sempre reviver”, explica Derivaldo Albuquerque, coordenador do Programa de Leitura do Sesc.

Na opinião dele, é preciso trabalhar o amor pela literatura, a valorização do contador e a reeducação dos sentidos. “Não é possível você ser um contador sem antes ser um leitor. É preciso ter um acervo, seja ele em formato de livros ou de lembranças. Além disso, toda casa tem uma Tv, mas nem todas têm um livro. Todos querem contar história, mas nem todos querem ouvir ou ler”, diz.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá amigos,
gostei muito do seu Blog, super informativo e cultural.
Parabéns!
Jose
http://bibliotecachampagnat.blogspot.com/