Relatório de Gestão CMPC e Fale Conosco

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Ufa!!

Cely Melo*

A I Conferência Municipal de Cultura acabou! Graças a Deus, conseguimos! Saímos vitoriosos desta batalha, desta batalha não, desta guerra... Ufa! A Conferência realmente aconteceu!

Foram tantas batalhas, estratégias, diálogos, acertos entre os dois lados, mas enfim, o tão sonhado fim! O fim... Peraí, do que guerra estou falando? De quais batalhas? Acertos entre dois lados? Que lados?! Que fim?

Realmente, meu espírito para a realização desta Conferência foi o de estar numa guerra, até me pintei para isso, mas com o passar do tempo, com o passar de tantos debates internos e externos percebi que travávamos um batalha em lados opostos, mas numa mesma causa.

O difícil ofício de se fazer ouvir e ser ouvido. Havia momentos em tantos debates que dizia a mim mesma: “meu Deus!... é a mesma coisa, só com palavras diferentes!”

Não sou ingênua, houve momentos em que os debates foram fortes, por exemplo: O esporte fica ou sai? E o Turismo, como fica? E o Cadastro, como está organizado? Quais segmentos?

Como será a composição da Comissão Executiva? O CMPC terá presidente? E as câmaras temáticas, como será sua composição? E a Câmara Temática de Patrimônio Cultural, apenas dois livros, um de registro da cultura imaterial, outro de tombo da cultura material? E o FMC?

Que me perdoem os guerreiros, mas essa guerra não foi justa. Primeiro, porque não havia adversários, e segundo porque nenhuma guerra é justa. Por mais que os outros digam que sim, só em você sair pra guerra, você já perdeu a primeira batalha, pois ela nunca existiu, já que cada lado lutava pela mesma causa.

Sente-se com seu oponente, seu adversário, ou no melhor dos mundos, seus pares, (como diz o Daniel Klein), e proponha um diálogo, para juntos chegarem a construção coletiva.

Construção coletiva... isso me lembra a pré-proposta elabora pela FGB. Era uma proposta nossa, e tínhamos esse sentimento de posse - ou pelo menos eu tinha. Fomos nós que construímos, era nossa! Como é duro de desfazer de bens, materiais ou não, mas que era nossa, ah, isso era!

Toda vez em que nos fóruns temáticos alguém “inventava” de fazer alguma modificação, alguma uma nova ruga aparecia, e foram muitas rugas... E no início de tudo, não era mais uma pré-proposta elaborada pela equipe da FGB, mas pelos nossos pares.

E não era mais uma guerra, não era mais uma batalha, era uma construção coletiva de dois lados que pareciam estar em lados opostos, mas que lutavam por um mesmo ideal, e talvez por isso tenhamos todos saídos vencedores.

Então por que sinto um sobressalto de vez em quando? Por que sinto que tem algo por terminar? A Conferência já aconteceu... não tá tudo certo? Sim, tudo foi positivo, a Conferência realmente aconteceu, mas isso é apenas o inicio de tudo.

E o melhor de tudo é que sinto que os laços estão mais estreitos, que agora é o passo mais difícil, e não podemos deixar esses laços se soltarem.

Agora a FGB e a sociedade de Rio Branco têm um pacto, têm uma proposta de Sistema Municipal de Cultura construída coletivamente. E um desafio maior ainda: após ser transformada em Lei, esta proposta seja realmente coletiva, com a participação de nossos pares, para juntos iniciarmos uma nova jornada...

*Formada em História e Gestora Pública da Fundação Garibaldi Brasil

2 comentários:

Unknown disse...

Poxa amiga quase me emocionei! Mas realmente você tem razao, foi uma guerra, mas sem adversários uma guerra de construçao coletiva. ja pensou como seria legal se todas as guerras fosem iguais a essa!?
Tenho certeza que a cultura só teria vencedores.

Anônimo disse...

isso prova que aquela moça agressiva estava errada, ha,ha,ha