Ou: O que eu sou?
Se a cultura fosse uma pessoa, ela viveria numa constante crise existencial. O painel de quarta-feira foi até confortante para aqueles que vivem nas eternas entranhas das dúvidas. O consolo é a própria ‘cultura’. Afinal, dança é arte ou é esporte? Fico até feliz em ver a dificuldade dos atuantes na área em definir coisas como essas. Não a dificuldade de cada um, mas a dificuldade de entrar num consenso. Não é a história, o público, a atuação física ou mental da modalidade que irá definir. Portanto, dada a sua defesa, o jeito é fechar os olhos, levantar o braço e esperar o resultado da contagem. A maioria decide, pois.
A discussão deste Painel Temático é voltada para o Cadastro Cultural de Rio Branco. Este grupo de trabalho discutirá, ainda, indicativos para o processo de reestruturação da FGB.
Entra área, sai área. Inclui segmento. Exclui segmento. Concorda. Discorda. Convence. Desconvence. Faz uma colocação. Desfaz a colocação... Paradoxos? Sim. Não. Não sei. Um pouco só... E assim, desportistas, artistas, profissionais da área do turismo, educação, gestores e produtores manifestavam a sua opinião sem medo de mudá-la logo em seguida. A platéia estava mais heterogênea – e barulhenta também. O esporte se fez mais presente, assim como o teatro e o turismo... Todos discutindo exatamente isso, a diversidade da cultura. E aos poucos, os segmentos vão reconhecendo a importância de participar do debate.
Diante disso tudo, só o que não deixa dúvida é a diversidade da cultura, e como, por si só, os seus segmentos se estruturam uns aos outros, tornando-se até inseparáveis.
A criação do Cadastro Cultural que a FGB propõe tem, entre outros objetivos:
I - Reunir dados qualitativos e quantitativos sobre a realidade cultural do município;
II – Viabilizar a pesquisa, a busca por informações culturais, a contratação de artistas e serviços de entidades culturais; a divulgação, além de subsidiar o planejamento e a avaliação das políticas culturais do município;
III - Difundir a produção e o patrimônio cultural do município, facilitando o acesso ao seu potencial e dinamizando a cadeia produtiva;
IV – Identificar agentes, comunidades e entidades até aqui não incluídas nas políticas culturais do município;
V – Regulamentar o acesso a fontes de financiamento das atividades culturais nas suas diversas áreas;
VI - Habilitar seus integrantes a participar dos fóruns deliberativos, nas diversas instâncias do Sistema Municipal de Cultura.
A primeira reunião do grupo foi coordenada pelo Tony (música), acompanhado pela Ana Lúcia (turismo), como relatora. No próximo encontro, que acontecerá no dia 27, às 18horas, as tarefas serão inversas. O local da segunda reunião ainda será definido.
Na sexta-feira (24), o Painel Temático será sobre o Conselho Municipal de Cultura e a Lei de Patrimônio Cultural.
PAR-TI-CI-PEM!
4 comentários:
O que eu sou???
Depois de ontem, me voltou a mesma preocupação. Apois várias falas, a discussão do que é Erudito e o que Popular se reuniu mais uma vez...
Após 2 encontros nacionais e 1 sul americano de culturas populares onde foi discutida essa meeeeeeeeeeeeesma questão, percebo que não vai ser fácil encontrar uma maneira de falar isso para a classe. rsrs
Coitado do Nestor Canclini com sua teoria de hibridação...
Ah, deixa a soprano cantar mastigadinho e o repentista ser solo numa ópera. Ora!
O que eu sou???
Depois de ontem, me voltou a mesma preocupação. Apois várias falas, a discussão do que é Erudito e o que Popular se reuniu mais uma vez...
Após 2 encontros nacionais e 1 sul americano de culturas populares onde foi discutida essa mesma questão, percebo que não vai ser fácil encontrar solução. rsrs
Coitado do Nestor Canclini com sua teoria de hibridação...
Ah, deixa a soprano cantar mastigadinho e o repentista ser solo numa ópera. Ora!
Falou e disse garota, o Acre tem mesmo características próprias, nem sempre temos que seguir a cartilha dos "sulistas, capitalistas de berro de boi", como já disse o Velho Pia. É a Cultura no Acre mostrando sua essencia...
Aretuza Bandeira!
Reconhecendo o trabalho da turma da Fundação Garibaldi Brasil.
Penso que o debate por mais longo e cansativo que seja, é bom, só não podemos perder a meta.A FGB, aprendeu muito com os acertos e também os tropeções do processo de criação do Conselho de Cultura Estadual. Marcus e Eurelinda, meus parabéns!Extensivo à toda equipe da FGB. Sucesso para todos nós!
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