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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A Conferência já começou!*

A Segunda Conferência Municipal de Cultura acontece daqui a duas semanas. Oficialmente, porque na verdade ela já começou. Pelo menos para nós, que participamos do Conselho Municipal de Cultura. Explico: um dos vários pontos de pauta desta conferência é a Avaliação do Sistema Municipal de Cultura, e as Câmaras Temáticas estão se reunindo desde o começo do mês para fazer essa avaliação, a fim de levar para a conferência as reflexões que surgirem.

E como falamos na coluna da semana anterior, essa é a hora de fazer não apenas uma avaliação, mas uma auto-avaliação. O que está legal? O que funciona? O que não funciona? O que está dando errado? Por quê? O que pode melhorar? Onde eu (conselheiro, produtor ou fundação de cultura) posso melhorar?

Temos que fazer essas e outras perguntas. E nessa hora nenhum assunto pode ser tabu. Os conselheiros precisam estar à vontade para falar tudo o que pensam, mesmo que isso vá de encontro com algumas ações da Fundação Garibaldi Brasil ou apontem erros feitos por nós. Por que, afinal de contas, nós também erramos. O Sistema Municipal de Cultura e todos os mecanismos de participação e financiamento que o compõem também são coisas novas para nós, então é natural que no meio do caminho algumas algo não dê certo como imaginávamos. Descobrimos que, por exemplo, aquela composição de avaliação não é a melhor forma, porque é confusa ou reúne pessoas demais (com pouco tempo). Ou que essa metodologia funciona melhor que utilizada na reunião anterior. É preciso sensibilidade para perceber que cada segmento age de uma forma diferente, e existem maneiras adequadas e diferenciadas para potencializar o trabalho deles.

Mas claro que, por mais complexo e novo seja esse sistema e erros aconteçam, não podemos usar isso como desculpa para não fazer os nossos trabalhos como instituição. Pelo contrario! Erramos? Sim, mas então temos que aprender a acertar.

Mas também não foram apenas erros cometidos, muita coisa deu certo. Dá para perceber uma modificação no comportamento individual das pessoas, pensando cada vez mais no todo, no coletivo. Um foque maior nas discussões. Enquanto algumas câmaras temáticas apresentam dificuldades, outras estão cada vez mais consolidadas, discutindo além de projetos individuais, mas deixando desavenças de lado para formar projetos coletivos e ainda elevar a discussão para âmbitos além do municipal.

Essa é uma auto-avaliação nossa. Pequena, porque se fossemos falar tudo, não iria caber no espaço desta coluna do jornal. Porém, é um começo desse momento de reflexão. Algo que está sendo feito por todas as câmaras temáticas, que estão analisando as instâncias do Conselho, os mecanismos de participação e financiamento, a atuação da FGB, a atuação deles, a integração com outras áreas, segmentos e instancias. Tudo está sendo usado para essa avaliação, que vai acontecer até o dia da Conferência, onde acreditamos que o encontro se tornará mais qualificativo. Todos já chegaram tinindo para a discussão.

A avaliação nas câmaras temáticas é o primeiro passo. A Conferência Municipal de Cultura é o segundo. E pra onde a caminhada vai dar, isso você só vai saber se participar e andar junto. Então, simbora?


* Texto escrito para a Coluna Cultura RB do Jornal Página 20 do dia 05/09/09

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