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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

II Conferência de Cultura de Rio Branco: O Rufar dos Tambores

Dia 17 começam as discussões para a II Conferência de Cultura de Rio Branco


A cultura é feita pela pluralidade, de pessoas, opiniões, manifestações culturais e segmentos. O termo é tão abrangente, que vai além do teatro, cinema ou música, mas está presente na formação dos valores pessoais que compõem a essência da criação dentro destes segmentos. Essa introdução pode parecer vaga, até longe da sua realidade caro leitor, mas não é. A cultura está no prato de comida que você come no mercado, de manha bem cedinho, ou nas memórias de infância na Praça dos Tocos. Está na catraia, nas pastorinhas, no futebol do final de semana, nas brincadeiras tradicionais.

Toda essa diversidade que marca a cultura será discutida na II Conferência de Cultura de Rio Branco, que acontece nos dias 17, 18 e 19 no Colégio Estadual Armando Nogueira. Representantes dos vários segmentos que compõem o Conselho Municipal de Cultura vão estar presentes neste encontro, que você pode não ter percebido, mas já começou. Mesmo datada para a semana que vem, os membros deste conselho já se reúnem nas Câmaras Temáticas para avaliar o trabalho e ações referentes ao Sistema Municipal de Cultura. Dentro deste sistema funcionam diversos mecanismos de gestão e financiamento, tal como a Cadastro Cultural de Rio Branco, o Fundo Municipal de Cultura, a Lei Municipal de Patrimônio Cultural e o próprio Conselho Municipal de Cultura.

Acontece que a Conferência não é apenas um espaço para discutir políticas públicas culturais. É isso também, mas é muito mais. É o encontro de toda essa pluralidade em um lugar só, para discutir, conversar, debater. A conferencia se torna, antes de tudo, uma convergência. Convergência de idéias, de conceitos, de propostas, de culturas. No plural mesmo, porque na cultura o que fala mais alto é a multiplicidade.

Essa movimentação não começou agora. A II Conferência é um reflexo de tudo que foi deliberado nas reuniões com os segmentos, a partir de 2005; na primeira Conferência Municipal de Cultura, que aconteceu em 2007; e nos trabalhos realizados posteriormente, a partir da criação do CMC e a implementação do SMPC. Tentando suprimir a necessidade de um espaço onde os representantes culturais possam dialogar com o poder público, e juntos chegarem as soluções no âmbito cultural. O objetivo é estabelecer e programar políticas de longo prazo na cultura, consolidando um sistema público municipal de gestão cultural, com ampla participação e transparência da sociedade civil, estimulando a organização e a sustentabilidade de grupos, associações, cooperativas e outras entidades de classe atuantes na área cultural. Essas discussões já estão acontecendo, através das Câmaras Temáticas que compõem o Conselho Municipal de Cultura.

Se na constituição diz que “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”, no Conselho Municipal de Políticas Culturais, cada representante é a própria sociedade. Qualquer pessoa inserida no ambiente cultural, que se considere um fazedor de cultura ou apenas queira participar das discussões nas áreas de artes, patrimônio cultural ou esporte, pode participar do conselho se auto-representando e, também, representando as entidades que ele ou ela esteja vinculado.

Todos podem participar deste conselho, como você vai descobrir nesta série de reportagens sobre a II Conferência de Cultura de Rio Branco. Está confuso? Não fique. Até a próxima quinta-feira, 17, o dia que começa a II Conferência de Cultura de Rio Branco, vamos explicar cada um desses mecanismos, como eles estão funcionado, quais os avanços, dificuldades e desafios a se enfrentar. Mas essa é apenas a metade do trabalho. Durante a conferencia também vão ser abordados os temas das Conferencias Estadual e Nacional de Cultura, com o tema geral “Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento”, discutindo a dimensão cidadã, econômica e simbólica da cultura. E isso também será abordado em uma matéria especial sobre os eixos temáticos das Conferências. A conferência oficialmente só começa na semana que vem, mas para os envolvidos e interessados na cultura rio-branquense os tambores já estão rufando, as expectativas são grandes. Na verdade, a conferência já começou.

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