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quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Mosaicos da Cidade Nascente

Ou: que cor é essa?

Luzes de Natal de volta ao armário. O brilho da vez é das plumas, purpurinas e paetês. O espírito natalino é substituído pelo carnavalesco.

No lugar do Velho Noel, entram o Pierrô, a Colombina o Rei Momo, a Rainha e a Rainha Gay do Carnaval 2008... São outras histórias, mitos e tradições.

Movimento nas costureiras, os concorrentes à corte carnavalesca e os foliões já preparam os seus trajes; mais barulho nos bairros, as bandas ensaiam as marchinhas; a poeira levanta, os sambistas preparam o fôlego.

É uma festa grande e é preciso contar com o trabalho de muita gente. Além da criatividade, claro. Porque no carnaval, há também uma arte toda. Há samba, movimento, cor, enredo.

E os interessados em assumir a corte carnavalesca e ficar responsável pela animação da festa e pela cidade durante todo o período do carnaval, devem efetuar sua inscrição (conforme descrições no post anterior).

Esta é mais uma atividade que incluída no calendário do rio-branquense – principalmente dos foliões. Como já quase é, também, o Concurso de Pintura em Tela “As Cores da Cidade”, que aconteceu pela terceira vez no ano passado, resultado da articulação e preparo dos artistas plásticos.

Afinal, colocar cor na cidade, organizar todas as telas que ilustram Rio Branco, e escolher a mais fiel às nossas culturas, exige tempo de trabalho e organização.

E vale a pena: artistas colorindo a cidade sob os mais diversos aspectos, numa variedade de tons e técnicas de pintura, num concurso cuja centralidade da organização está a cargo do próprio movimento artístico. É o melhor resultado, pois.

E toda essa cor e brilho lembram até um tal documento em fase de construção. O documento referente ao Sistema Municipal de Cultura, passando por várias etapas e votações, chegou a ficar cheio de cor, o que representava a sua flexibilidade, aberto às novas sugestões, proposta, mudança de texto, etc.

E talvez seja assim mesmo que se trabalhe com cultura. Numa aquarela onde cada cor tem o seu espaço, cada tom o seu lugar, cada pincel a sua utilidade específica.

E, como é inevitável, todas acabam se misturando, e apresentando novas possibilidades para tantas outras pinturas.

E então é fácil até se encantar com esse mosaico, onde parece que nada tem haver com nada, e que as partes aparentemente quase nunca se encaixam...

Mas o trabalho com a cultura é isso, talvez isso o que Garibaldi Brasil tanto quis nos mostrar e ensinar nas suas realizações e livros como aquele cujo título - muito elegante por sinal – peguei emprestado para nomear esse artigo-crônica-texto-poesia-prosa (é verdade, eu não sei como me referir a isso) dessa edição.

“Mosaicos da Cidade Nascente....”, versos de Gari, que contaremos na próxima semana.

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